Por meio de ações que priorizam o uso racional da energia, a Celesc já promoveu a economia de 3 TWh de energia elétrica, o equivalente ao consumo anual de cerca de 1,5 milhão de residências brasileiras. O resultado foi alcançado ao longo dos 25 anos do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Companhia e vale ser celebrado neste 5 de junho, data em que se comemora o Dia do Meio Ambiente.
O impacto causado não se resume simplesmente à economia de energia. A redução de consumo evitou a emissão de aproximadamente 200 mil toneladas de CO₂ na atmosfera. Para efeito comparativo, essa economia representa a retirada de mais de 160 mil carros a combustão das ruas ou o plantio de cerca de 1,5 milhão de árvores.
Um modelo de eficiência
De acordo com estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia nas residências brasileiras ficou 20% mais eficiente nas últimas décadas, graças à disseminação de tecnologias mais modernas. A Celesc tem sido parte importante desse processo ao investir em projetos como o SC + Eficiente e chamadas públicas, que promovem a substituição de equipamentos antigos por modelos mais eficientes.
Geladeiras, aparelhos de ar-condicionado com tecnologia inverter e sistemas de aquecimento de água são os principais itens visados nessas projetos. Além disso, a empresa investe fortemente na substituição de lâmpadas incandescentes e fluorescentes por modelos LED.
Essas ações abrangem tanto escolas, hospitais, indústrias e prédios públicos como residências de baixa renda. “Esses projetos refletem nosso modelo de atuação, que une compromisso ambiental e inclusão social”, destaca a gerente da Divisão de Eficiência Energética da Celesc, Manuela Luz Cardoso.
Equivalentes ambientais: traduzindo números em impacto
Os chamados “equivalentes ambientais” são uma forma de mensurar e comunicar de maneira mais acessível os benefícios das medidas adotadas. Na Celesc, esses indicadores são calculados com base na energia economizada e nos fatores de emissão da matriz elétrica brasileira, conforme dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE).
“O impacto ambiental das ações de eficiência energética é concreto e mensurável”, explica Manuela. “Estamos falando de resultados que, além de poupar energia, ajudam o Brasil a cumprir metas climáticas e tornam nossa matriz ainda mais limpa.”
Metas futuras
Para os próximos anos, a Celesc pretende manter o ritmo de investimentos em eficiência energética, com a expectativa de evitar a emissão de 13 mil toneladas de CO₂ por ano. A empresa também mantém metas adicionais em outras frentes, como a redução das emissões da frota própria.
Ainda que o foco principal dos projetos seja a economia de energia, benefícios indiretos como a destinação correta de equipamentos antigos e a redução do uso de água aquecida por eletricidade também integram os resultados do programa.
Manuela avalia que os ganhos ambientais dos investimentos em eficiência energética são equivalentes — ou até superiores — aos obtidos com a geração de energia limpa, como solar ou eólica. Além de evitarem o uso de fontes não renováveis, os projetos de eficiência demandam menor investimento e reduzem a necessidade de expansão da infraestrutura elétrica.
“A economia de energia tem um custo-benefício excelente e um impacto direto na redução das emissões e na sustentabilidade do sistema elétrico como um todo”, conclui a gerente.