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Consequências da COVID-19 para o setor elétrico catarinense em maio

Durante o mês de maio, o cenário imposto pela pandemia do novo coronavírus continuou a refletir grande impacto no setor elétrico em Santa Catarina, com a redução do consumo de energia elétrica e o potencial aumento da inadimplência no estado, conforme demonstrado a seguir:

Consumo de energia elétrica tem redução de 11,3% em SC

Após as medidas adotadas para evitar a contaminação por COVID-19 no estado, em maio de 2020 a Celesc observou redução de 11,3% no consumo de energia elétrica em sua área de concessão, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O percentual foi novamente puxado pela Classe Industrial (maior consumidora de energia elétrica), que registrou queda de 18,6% no consumo de energia, em relação a maio de 2019, seguida pela classe comercial, com redução de 17,3% neste consumo. O relaxamento de algumas determinações para enfrentamento da pandemia, ainda que medidas de isolamento social continuem a vigorar e a contribuir com a permanência das pessoas em casa, refletiu no aumento de 3,4% no consumo de energia elétrica da Classe Residencial no período, em relação a maio do ano passado. Em abril deste ano, quando as medidas estavam ainda mais restritivas, o aumento registrado nessa classe de consumo foi de 14%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Aumento de 17% na inadimplência da conta de luz em SC

Também no mês de maio, a Celesc registrou aumento de 17% na inadimplência entre os consumidores de energia elétrica em sua área de concessão, quando comparada ao mesmo período em 2019. O aumento é reflexo da medida anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em março e recentemente ampliada até 31 de julho, que proibiu o corte no fornecimento de energia por falta de pagamento das contas de luz de diversas classes de consumo.

Em Santa Catarina, o maior impacto no mercado cativo foi entre as classes consumidoras Residencial e Comercial que, juntas, registraram aumento de aproximadamente 30% de inadimplência. Já no mercado livre, o número de clientes que deixaram de quitar as faturas de energia elétrica aumentou 412%. Essa situação, somada à queda no consumo de energia dessas mesmas classes, deve afetar a saúde financeira das empresas e causar grande preocupação ao setor como um todo.

 

Por Heda Wenzel
Comunicação Celesc