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Celesc realiza testes com robôs para manutenção em redes energizadas

Por meio de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, apoiado pela Aneel, a Celesc está realizando testes experimentais em rede energizada com robôs para a manutenção de componentes do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica. A iniciativa é uma parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Entre os objetivos da inovação, está o desenvolvimento de soluções que aumentem a eficiência do setor e diminuam riscos de acidentes com os engenheiros e técnicos que realizam esses trabalhos. “Considerando que o serviço em linha viva envolve o contato direto com redes energizadas, temos que reduzir o risco de acidentes”, explica o diretor de Distribuição da Celesc, Cláudio Varella.

As manutenções em redes energizadas em regime de linha viva, ou seja, sem o desligamento das linhas de distribuição, envolvem em média de cinco a seis técnicos e oferecem diversos riscos aos profissionais, como choque elétrico e lesões por corte, por queda do técnico, por queda de material, por esforço físico e/ou ergonômico e por queda do condutor. “Por conta disso, é essencial o uso de tecnologias na área de robótica para diminuir os riscos de acidentes e perdas de vidas”, ressalta Varella.

Testes em andamento

Entre as soluções testadas estão o uso de drones acoplados a módulos robóticos para a instalação de esferas de sinalização, para a instalação e desinstalação de amortecedores de vibração e para remoção de detritos e limpeza de cadeias de isoladores em cabos de alta tensão.

 

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Testes experimentais realizados em Florianópolis na limpeza de cadeias de isoladores de 138kV possibilitaram avaliar o projeto do drone-robô frente às interferências no controlador de voo, bem como verificar se o programa desenvolvido consegue manter uma distância segura da cadeia de isoladores, evitando colisões indesejadas.

A parceria também está testando um robô para remoção de detritos a partir da utilização de uma chama concentrada e controlada. O dispositivo pode ser colocado manualmente na linha pelos técnicos e realizar sua locomoção ao longo do cabo por comandos enviados em uma estação de controle no solo, ou pode ser deixado no cabo com a utilização do drone.

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O gerente do projeto, Rafael Zimmermann Homma, explica que este trabalho é importante para a remoção de diversos detritos dos cabos de alta tensão, como pipas, tênis e restos de plásticos. “Atualmente, para tais manutenções, os técnicos precisam escalar as estruturas e locomover-se ao longo dos cabos, o que acaba exigindo o desligamento das linhas em muitas situações”, conclui.

Outras tarefas de manutenção que estão sendo testadas com robôs são a instalação e desinstalação de amortecedores de vibração e a instalação de esferas de sinalização, evitando a necessidade de escalagem dos técnicos e agilizando os processos.